Cerca de 5 mil moradores de Coari realizam caminhada contra a exploração sexual

Com faixas e cartazes e gritos de motivação, o evento contou com a participação de estudantes, professores, autoridades e famílias inteiras empenhadas na causa que levou às avenidas de Coari o lema “Faça bonito, proteja nossas crianças e adolescentes”

Em 18/05/2016 às 17:27

Moradores do município de Coari, vão às ruas nesta quarta-feira (18) protestar contra o abuso sexual de crianças e adolescentes
Moradores do município de Coari, vão às ruas nesta quarta-feira (18) protestar contra o abuso sexual de crianças e adolescentes

Com a presença massiva de cerca de 5 mil moradores da cidade Coari, na manhã desta quarta-feira (18), a população foi às ruas da cidade para dizer um basta a exploração sexual contra crianças e adolescentes no município.

Com faixas e cartazes e gritos de motivação, o evento contou com a participação de estudantes, professores, autoridades e famílias inteiras empenhadas na causa que levou às avenidas de Coari o lema “Faça bonito, proteja nossas crianças e adolescentes”, com organização da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos.

A mobilização ainda envolveu vários seguimentos do sistema de proteção de direitos como: O CREAS, Conselhos Tutelares, Comitê Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente- CMDCA com apoio de organizações da sociedade civil e demais órgãos de governo.

Mãe de cinco filhos, sendo duas adolescentes, a dona de casa Maria Evangelista fez questão de participar da passeata, como forma de inventivo às demais famílias. “Essa força é importante para que todos possam abrir os olhos e cuidar mais de seus filhos, assim como cuido das minhas, para que monstros não se aproximem delas no futuro, como já aconteceu na cidade no passado”, afirmou.

content_co4

A dona de casa conta ainda que, toma diversos cuidados necessários, para que as filhas sintam-se protegidas. Entre conselhos sobre estranhos e também sobre conversas suspeitas de pessoas até conhecidas, que possam se aproximar com segundas intenções.

Outra sugestão deixada por ela, é ter sempre em mãos o telefone e endereço dos conselhos tutelares, como forma de precaução e também para ajudar os amigos e vizinhos nas denúncias.

Oficina

Uma oficina também será realizada no próximo dia 20, promovida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, com o tema Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Sobre a data

Em 18 de maio de 1973, em Vitória (ES), um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o “Crime Araceli”. Este foi o nome de uma menina de apenas 8 anos de idade, que foi brutalmente raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens da classe média alta daquela cidade.

Esse crime, apesar de natureza hedionda, prescreveu impune. A data ficou instituída como o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes” a partir da aprovação da Lei Federal nº. 9.970/2000. O  “Caso Araceli”, como ficou conhecido, ocorreu há mais de 40 anos, mas, infelizmente, situações absurdas como essa ainda se repetem.

Em Coari, a situação é emblemática em virtude do ex-prefeito detento Manoel Adail Amaral Pinheiro ter mantido rede de prostituição infantil chateada com recursos públicos. Adail e seus comparsas foram condenados pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas.

 

Fonte:  http://www.acritica.com/channels/cotidiano/news/cerca-de-5-mil-moradores-de-coari-am-realizam-caminhada-contra-a-exploracao-sexual

Está gostando ? Então compartilha:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brisa
Literatura
Archipo Góes

Minha Brisa Rosa

A autora relembra sua infância em Coari e as aventuras com sua bicicleta Brisa rosa, presente de seu pai em 1986. Após passeios noturnos pela cidade, um acidente lhe deixou uma cicatriz e encerrou sua relação com a bicicleta. A história mistura nostalgia e a lembrança de uma época marcada por diversão e pequenos riscos.

Leia mais »
Escadaria
Crônicas
Archipo Góes

Escadaria

O texto descreve uma viagem nostálgica da autora ao ser transportado de um trânsito parado para memórias de infância nos anos 80 em Coari. O caminho até a escadaria envolvia passar por figuras e locais marcantes da cidade. Ao chegarem ao rio, ela passava horas flutuando e apreciando aquele cenário.

Leia mais »
dança
Dança
Archipo Góes

Corpos em Movimento: Workshop Gratuito de Dança em Coari

O projeto “Corpos”, contemplado pelo edital Paulo Gustavo, oferece aulas gratuitas de Dança Contemporânea e Improvisação para jovens e adultos a partir de 11 anos. As oficinas exploram a expressividade corporal, a improvisação e o aprimoramento de técnicas básicas, com direito a certificado ao final do curso e uma demonstração artística para a comunidade.

Leia mais »
Garantianos
Folclore
Archipo Góes

Correcampenses x Garantianos

A crônica Correcampenses x Garantianos, narra a rivalidade entre os bois-bumbás Corre-Campo e Garantido em Coari, marcada por brigas e um episódio de violência em 1989. A retomada do festival em 1993 e a vitória do Corre-Campo geraram reações distintas. A crônica reflete sobre a polarização social, a cultura popular como identidade local e a importância da tolerância para a harmonia.

Leia mais »
Santana
Literatura
Archipo Góes

Um dia de Santana em Coari em uma Igreja Ministerial

O texto narra a vivência da festa da padroeira de Coari, retratando a devoção à Santana, a padroeira da cidade, e a importância da fé para o povo local. A narrativa destaca a movimentação do porto, a participação dos trabalhadores da castanha, a procissão, a missa e o arraial, revelando a religiosidade popular e a cultura local. A história do patrão e dos trabalhadores da castanha ilustra a exploração do trabalho na região, enquanto a presença do bispo e dos padres reforça o papel da Igreja Católica na comunidade. O texto termina com a reflexão sobre a fé, a esperança e a importância da preservação da tradição.

Leia mais »
Guadalupe
Literatura
Archipo Góes

O Trio Guadalupe – 1987

O texto narra as memórias da autora sobre sua infância na década de 80, marcada pela paixão por filmes de dança e pela amizade com Sirlene Bezerra Guimarães e Ráifran Silene Souza. Juntas, as três formavam o Trio Guadalupe, um grupo informal que se apresentava em eventos escolares e da comunidade, coreografando e dançando com entusiasmo. O relato destaca a criatividade e a alegria das meninas, que improvisavam figurinos e coreografias, e a importância da amizade que as uniu. Apesar do fim do trio, as memórias das apresentações e da cumplicidade entre as amigas permanecem como um símbolo daquela época especial.

Leia mais »
maçaricos
Literatura
Archipo Góes

Os maçaricos do igarapé do Espírito Santo têm nomes

Maçaricos, aves e crianças, brincavam lado a lado no Igarapé do Espírito Santo em Coari–AM. Um local de rica vida natural e brincadeiras, o igarapé variava com as cheias e secas, proporcionando pesca, caça e momentos marcantes como a brincadeira de “maçaricos colossais” na lama. O texto lamenta a perda da inocência e da natureza devido à exploração do gás do Rio Urucu e faz um apelo para proteger as crianças e o meio ambiente.

Leia mais »
Rolar para cima
Coari

Direiros Autorais

O conteúdo do site Cultura Coariense é aberto e pode ser reproduzido, desde que o autor “ex: Archipo Góes” seja citado.