A História do Miss Coari (1940 – 1979)

Miss Coari

Neste artigo, poderemos analisar a história do concurso de beleza feminina Miss Coari, realizado desde 1940 até 1979.

Archipo Góes

Miss Coari
Miss Coari 2015

Os concursos de beleza são extremamente culturais na cidade de Coari. Geralmente em algumas cidades do estado do Amazonas, acontece apenas a disputa pelo título, todavia, na cidade Coari há um concurso com a participação expressiva de toda a população, colaborando e patrocinando a preparação das candidatas, adquirindo as suas camisas personalizadas para participar ativamente da seletiva e da final do concurso, até mesmo os salões de beleza da cidade, tem por costume fazer parcerias com as candidatas oferecendo o serviço dos profissionais de maquiagem e de cabelo.

O concurso Miss Coari é uma manifestação cultural coariense e uma representação da cultura imaterial do estado Amazonas, sendo um evento que está intrinsecamente ligado às nossas representações.

Miss Coari
Emilia Abinader – Miss Coari 1940

O primeiro concurso Miss Coari aconteceu no ano de 1940. A escolha aconteceu pelos periódicos amazonenses “O Jornal” e “Diário da Tarde”. Sendo aclamada a senhorita Emília Abinader, que mais tarde viria a ser esposa do senhor Messias Ribeiro, expressivo comerciante de nossa cidade e mãe do socialite Pedro Abinader Ribeiro.

MISS COARI 1940

Miss Coari
EMÍLIA ABINADER

Revestiu-se de extraordinário brilho a solenidade levada a efeito na Prefeitura Municipal, no dia 25 de dezembro, a coroação de MISS COARI. Entre muitas candidatas, todas com justas possibilidades de vencer, conquistou o primeiro lugar do concurso de beleza de 1940, a senhorinha EMÍLIA ABINADER, elemento de escol da elite coariense no meio social distinto de Coari.

Para dizer o que foi esse certame, e do significado desse prélio animadíssimo, pois a senhorinha EMÍLIA ABINADER conquistou o terceiro lugar no Estado com uma votação estrondosa, pouco faltando para ter sido eleita MISS AMAZONAS, foi aclamado o doutorando Raimundo Cordeiro para saudá-la, pela sua vitória no pleito e também pelo natalício da eleita, que transcorreu nesse dia.

Assim falou o doutorando Cordeiro:

«Grata e honrosa a incumbência que me foi confiada, e desempenhando no alcance de meu frasear, quero dizer dos motivos desta solenidade. Quiseram os lados que na data de hoje se pintassem dois grandes acontecimentos: o aniversário natalício e a coroação da eleita a mais bela representante condigna da sociedade deste próspero Município. Sempre é uma satisfação para todos, do humilde plebeu ao rico burguês, a passagem do dia do nascimento, jubila-se o coração, a alma freme de contentamento transbordando a alegria de mais um ano em nossa existência. Rendemos graças ao Criador, e os votos de felicidade são os louros colhidos para a palma da existência».

Miss Coari é um concurso de beleza mais tradicional do estado do Amazonas. Foi organizado  a partir dos anos 60 pela associação Tijuca Esporte Club. Depois de alguns anos, passou a ser organizado pela prefeitura de Coari, que no decorrer do tempo, mudou o local do concurso para a praça da São Sebastião, quadra de Esporte São José, Refúgio Dois Pinguins, quadra da escola Dom Mário e atualmente no centro cultural.

O primeiro concurso de beleza internacional de beleza feminina, o Miss Mundo (Miss World), foi criado em Londres (Eng) em 1951, sendo um grande sucesso e muito popular até os dias atuais. O Miss Mundo tem como lema “Beleza com Propósito”, pois cada candidata tem o seu projeto social. No final da década de 1950, a competição foi transmitida pela rede BBC, fazendo sucesso, ganhou grande audiência mundial.

O concurso Miss Universo foi criado um ano depois, em 1952 na Califórnia (EUA). É realizado anualmente, e atualmente, é o concurso internacional de beleza feminina mais importante e badalado. O tema do MU é “Confiantemente Linda”.

Esses concursos foram criados numa configuração hierárquica em que qualquer candidata, ao vencer o concurso municipal, participa de outro concurso estadual (ou província), e ao vencer participa do concurso nacional. Ao vencer a terceira etapa, o concurso nacional, chegará a disputar o concurso internacional final com representantes de cada país.

O Miss Brasil Universo começou a ser organizado no atual formato a partir de 1954, quando a baiana Martha Rocha se tornou a primeira Miss Brasil. Foi o concurso que a grande maioria das cidades do Brasil se associaram automaticamente pela sua grande expressão. Até hoje há pessoas que não conhecem os demais concursos como: Miss Terra, Miss Grand, Miss Mundo, Miss Globo, Miss Beleza Internacional, Miss Supranational, entre outros.

A partir de 1955, os “Diários Associados” no Amazonas, empresa do grupo do empresário e jornalista Assis Chateaubriand, além de organizarem o Miss Brasil desde 1954, começaram a organizar o Miss Amazonas no formato hierarquizado conforme o padrão do Miss Universo.

Em 1955, o ex-deputado estadual coariense, Deolindo de Freitas Dantas, o Dandi, levou a primeira Miss Coari, a senhorita Helvia de Brito Pinheiro, para participar do Miss Amazonas, que teve a coordenação do senhor Epaminondas Barahuna. Mais tarde, na década de 1980, a sobrinha de Deolindo de Freitas Dantas, a professora Simonete Marques Dantas Corrêa Lima foi a principal organizadora dos concursos de Miss Coari.

Em 1956, a cidade de Coari novamente participou do Miss Amazonas 1971 e fez um marcante concurso que ficou na lembrança de todos. A candidata que representou Coari no Miss Amazonas foi a senhorita Geny Silva, que foi apresentada pelo Jornal do Comércio em matéria de 19 de maio de 1956 dessa maneira:

Miss Coari
Geny Silva – Miss Coari 1956

Geny: modéstia, simplicidade e fleuma de uma legítima cabocla.

A modéstia fez morada na personalidade de Geny Silva, a bela candidata de Coari, que hoje, no Teatro Amazonas, estará competindo, com outras beldades desta mui ensolarada terra de Ajuricaba, no sensacional concurso, para a escolha de Miss Amazonas. O repórter manteve com ela uma agradável palestra, sentindo, no decorrer da conversa, a simplicidade que envolve o seu coração e a sua cativante simpatia. Escolhida para representar o município de Coari, no grande concurso promovido em todo o Brasil pelos Diários e Rádios Associados e patrocinado pelo Organdi Paramount, recebeu a notícia com surpresa e resolveu aceitar a incumbência de representar a sua terra natal, com o único desejo de competir.

Geny, compreensiva, calma, demonstrando em todos os gestos, palavras e fleuma imperturbável da cabocla amazônida, prefere muitas vezes sorrir, a responder às perguntas feitas. Seu olhar parece indicar ao repórter curioso, as respostas procuradas, tranquila, reacende de si uma mística estranha e perturbadora. Gentil, prefere elogiar a ser elogiada.

Entende que as suas companheiras na magnífica tertúlia de beleza que hoje atingirá o seu desiderato, são todas capazes de representar condignamente o nosso Estado, com o brilhantismo que se espera. Sobre si, prefere silenciar, ou quando muito esclarecer que é apenas uma candidata que está competindo esportivamente. Sem nenhuma aspiração maior.

Mas Geny Silva tem predicados suficientes para impressionar o selecionado júri e consagrar lá fora a beleza, a simpatia, a modéstia e a simplicidade da mulher amazonense, embora tente ela mesma negar a verdade.

Logo mais, à tarde, estaremos conhecendo qual a nossa representante na escolha de Miss Brasil. Se Zeina, Cármen, Anabela ou Geny. Todas com reais possibilidades. Todas capazes de brilhar.

De uma coisa estamos certos, após a palestra com a filha de Coary. Ela está competindo porque tem méritos para tal. E com isso, está consagrando a sua terra natal. Vamos aguardar o resultado, na torcida de que Geny Silva receberá calorosos aplausos no Teatro Amazonas e chamar para si a atenção do júri que vai decidir sobre qual será a nova Miss Amazonas.

Jornal do Comércio — 19/05/1956

Miss Coari
Ficha de Geny Silva

Geny Silva não ficou bem classificada na final do Miss Amazonas 1956, contudo, deixou marcado com elegância e carisma, a segunda participação da cidade de Coari num concurso de beleza estadual. 

No ano seguinte, 1957, aconteceu o apogeu do Amazonas nos concursos de beleza feminina com a estonteante Terezinha Morango. Ela era natural de São Paulo de Olivença e naquele ano ganhou o Miss Cinelândia (1956), Miss Amazonas, Miss Brasil e ficou em segundo lugar no Miss Universo, perdendo para a Miss Peru, Gladys Zender, que foi inscrita no concurso irregularmente com 17 anos.

Apesar do apogeu amazonense nos concursos, a partir de 1957, a cidade de Coari evadiu-se dos concursos de beleza feminina, só voltando 10 anos depois, tendo sua terceira participação no Miss Amazonas de 1967.

Miss Coari 67

No domingo, dia 21 de maio de 1967, aconteceu no Tijuca Esporte Club, o concurso Miss Coari 67. Foi um concurso pequeno, com a participação de apenas quatro candidatas. Foi organizado pelo colunista social Black que veio a Coari para o evento. A vencedora do concurso Miss Coari 64 foi a senhorita Maria das Graças Oliveira e Silva.

O Jornal do Comércio do dia 28 de maio de 1967 publicou a seguinte matéria:

MARIA DAS GRAÇAS É A BELEZA DE COARI

Jornal do Comércio – 28/05/1967

Escolhida numa festa maravilhosa, dentre outras concorrentes, a bonita MARIA DAS GRAÇAS OLIVEIRA E SILVA terá a responsabilidade de representar o município de COARI no “M. A. 67”, apoiada pelas classes conservadoras, daquela comuna.

Sobre a escolha e festa de Maria das Graças, o setor de coordenação do Miss Amazonas 67 recebeu da senhora Maria Higina de Coari, o seguinte telegrama: “Jornalista Dr. Jayme Rebello — Rádio Baré — Jornal do Comércio.

— Sensibilizada com o êxito promocional de gala do estimado cronista social Black do programa “Música e Sociedade”, estou enviando meus respeitosos cumprimentos não só ao prezadíssimo amigo, como também a toda equipe radialista e jornalista que empresta a sua valorosa colaboração a querida e maior emissora e jornal dos Diários e Rádios Associados da América Latina. Nossa candidata é a senhorita Maria das Graças Oliveira e Silva, estudante do ginásio “N. S. do Perpétuo Socorro” – 3º ciclo ginasial – Candidata pelo Clube da Felicidade e apoiada pelas classes conservadoras de Coari.

Seguirá no dia primeiro de junho pelo Cruzeiro do Sul, juntamente com o colunista social Black, o qual deixou de viajar na quinta-feira (25-05-1967) porque está ultimando os preparativos da viagem de nossa Miss Coari. Com meus respeitos aqui vai consignada minha imorredoura gratidão”.

A colônia coariense em Manaus prepara festiva recepção à candidata Maria das Graças Oliveira e Silva de quando sua chegada no próximo dia primeiro de junho entrante.

CONFIRMADA A CHEGADA DE MISS COARI PARA QUINTA-FEIRA

Jornal do Comércio – 31/05/1967

O Setor de Coordenação do “Miss Amazonas 67”, em conjunto com a Superintendência dos “Associados” manteve contatos no dia de ontem para que o impasse surgido com a falta de vagas para a viagem de Maria das Graças, Miss Coari 67 na próxima quinta-feira, fosse resolvido e conseguiu junto ao Dr. José Lopes, presidente da Celetramazon, a cessão de duas vagas de funcionários da empresa, a candidata coariense e o cronista Black para que o programa não fosse interrompido, gesto que muito cativou aos dirigentes “associados”.

Queremos, pois, daqui enviar os nossos mais sinceros agradecimentos ao Dr. José Lopes, da Celetramazon, assim como o senhor Dickman, gerente da Cruzeiro do Sul em Manaus, pela cooperação dispensada ao caso.

ATRASO DO AVIÃO TRANSFERE PARA HOJE CHEGADA DE “MISS COARI”

Jornal do Comércio 02/06/1967

A senhorita Maria das Graças Oliveira e Silva, representante do município de Coari, somente chegará a Manaus no dia de hoje, às 16 horas, por motivo de atraso do avião que a transportava para nossa cidade, sendo assim, somente hoje haverá a recepção à meiga e simpática Maria das Graças, que se faz acompanhar na viagem da professora Joaquina Oliveira e do cronista social Black, que daqui foi com a incumbência de promover naquela cidade, a escolha da “Miss Coari 67”.

Todas as candidatas ao “Miss-Amazonas 67”, juntamente com o encarregado do Setor de Coordenação, jornalista, radialista e a colônia coariense em Manaus, estarão presentes na grande festa de recepção à Maria das Graças Oliveira e Silva.

A MISS QUE CHEGA

Jornal do Comércio – 03/06/1967

Miss Coari
Miss Coari chegando em Manaus

A simpatia de Miss Coari encanta

Jornal do Comércio – 08/06/1967

Miss Coari

Sete cabeças para uma coroa

Jornal do Comércio – 09/06/1967

Miss Coari

Essas belezas desfilarão hoje

Jornal do Comércio – 09-06-1967

Miss Coari

Finalmente hoje a escolha do Miss Amazonas

Jornal do Comércio – 09-06-1967

Miss Coari

Nelma Batista eleita Miss Amazonas 67

Jornal do Comércio – 10-06-1967

Miss Coari

Miss Coari

Miss Coari 1968

O Miss Coari 1968 foi um dos principais concursos de misses coarienses. Nesse evento que aconteceu no Tijuca Esporte Clube, o principal local de evento da Cidade, a vencedora do concurso de Miss Coari 1968 foi a linda coariense, Maria de Fátima de Souza Acris.

No ano de 1968, era então, o último ano do primeiro mandato do saudoso prefeito Clemente Vieira Soares, e o mesmo conduziu com sua esposa, Fátima Acris, para participar do Miss Amazonas 1968 com todos os cuidados e muitas notas nos jornais manauaras.

O concurso aconteceu na noite de 8 de junho de 1968 e foi promovido pelo Jornal do Comércio e a Rádio Baré, através da coordenação do Sr. Epaminondas Barahuna (diretor dos Diários Associados no Amazonas).

Concurso Sagrou favorita na opinião popular

Jornal do Comércio 11-02-1968

Os ponteiros do relógio já indicavam os primeiros minutos de domingo, quando foi eleita oficialmente a Miss Amazonas-1968,  conhecido o resultado da  Comissão Julgadora depois de alguns instantes de intensa expectativa que dominou a grande assistência que superlotou a sede do  Atlético Rio Negro Clube e a multidão calculada em mais de dez mil pessoa, que se aglomerou diante do Clube, ali permanecendo até ao encerramento do certame num entusiasmo contagiante e febril  animação.

Maria Fátima Acris que, ao surgir na passarela para o primeiro desfile (soirée), foi recebida com demorados aplausos, ganhando a preferência popular, ostentando a faixa de Miss Amazonas-68, estará representado o nosso Estado do, no maior concurso de beleza deste país.

Representando o município de Coari que, pela quarta vez participou do “Miss Amazonas”, Maria de Fátima Acris, dona de uma beleza suave, angelical e sobretudo, irradiando simpatia. Apesar de estreante em concursos de beleza, demonstrou, todavia, uma segurança na passarela tanto no desfile de baile e no de maiô.

A bela representante de Coari, soube comportar-se com graciosidade e a altura da ambição galardão que conquistou.

AS PRINCESAS

Maria das Graças (Clube Municipal) e Grace Marques (União Esportiva Portuguesa) ficaram em segundo e terceiro lugares, arrebatando o título de “Princesas”.

O DESFILE

Eram quase 23 horas, quando foi iniciado o desfile, perante a passarela estendida de uma extremidade a outra do salão de danças do Rio Negro.

Evan Neves (Bancrevea), Maria Fátima Acris (Coari), Theolinda Duarte (Diretório Acadêmico da Faculdade de Filosofia),  Maria das Graças (Clube Municipal), Helen Rita Costa (Princesa Isabel) e Grace Marque (União  Esportiva Portuguesa), tanto no desfile individual como no em conjunto, foram  incentivadas pelo imenso  púbico, tanto o do interior da sede, como aquele que formou o imenso e alegre “sereno”.

POVO PRESENTE

Nota de grande realce do Concurso Miss Amazonas-68, que superou os anteriores, foi a participação ativa do povo, pelas suas mais diversas classes, que prestigiou o certame, formando uma massa humana que a partir das 8 horas da noite, começou a se formar defronte da foi mar defronte da sede do Rio Negro.

Miss Amazonas-68, teve assim, uma verdadeira consagração popular. Faixas, foguetes e aplausos, exprimiam a satisfação popular a sua total participação.

SEGUNDA PASSARELA

A fim de permitir que o público da rua, pudesse presenciar o desfile das candidatas, uma segunda passarela montada na parte externa do clube onde as aspirantes ao cetro da mais bela amazonense foram ovacionadas.

PRÊMIO DO GOVERNO

A Miss Amazonas receberá do Governo do Estado, através da Secretaria de imprensa e Divulgação, um prêmio no valor de 4 mil cruzeiros novos. Maria de Fátima Acrís, recebeu a notícia do próprio Governador Rui Araújo, quando de sua visita de cortesia ao Chefe do executivo estadual, na manhã de ontem acompanhada do deputado Dorval Vieira e do prefeito Clemente Vieira.

VOARÁ A MIAMI

Outro prêmio conferido a Miss Amazonas, partiu da AVIANCA, para uma viagem a Miami, com escala em Bogotá, a fim de assistir ao Concurso de Miss Universo. O bilhete foi-lhe entregue pela esposa do agente local desta companhia, Sr. Hildimiro Costa.

MOMENTO EMOCIONANTE

Quando Zeina Chamma, “Miss Amazonas-67”, desfilou fazendo o encerramento do seu reinado, para fazer a entrega do título de maior expressão da beleza amazonense.

De maiô preto, Maria de Fátima Acris, vivamente emocionada recebe de Zenna o cetro, a coroa, a faixa e o manto, símbolos de um novo reinado que começava naquele instante.

Para Fátima Acris, tudo aquilo parecia ser um sonho. Vinda do interior, da tranquila cidade de Coari, a bela coariense, conquistou o público amazonense, ganhou a simpatia do povo e a sua admiração.

ORDEM DO DESFILE

Exatamente às 22h40min a um sinal de Jaime Rebelo. Clodoaldo Guerra anuncia a abertura do desfile (traje de baile), aparecendo na passarela Maria das Graças Caldas Garcia, seguindo-se Evan Fernandes Neves, Helen Rita Guimarães Costa, Maria Fátima de Souza Acris, Theolinda Franco Duarte e Grace Marques da Silva, cuja ordem também foi obedecida no desfile de maiô.

COMISSÃO JULGADORA

Janari Marinho, reitor da Universidade do Amazonas; deputado e poeta Miranda Leão; Sra. Violeta Mattos Areosa; Srta. Zeina Chamma; Arlindo Porto (O Jornal e Diário da Tarde); Raimundo Limongi (A Crítica); Josué Cláudio de Souza Filho (Rádio Difusora); Erasmo Linhares (Rádio Rio Mar); Sra. Leonor  Pinheiro e Everardo Rocha (pela SUFRAMA).

OUTROS PRÊMIOS

A firma M. J. Loureiro, representante dos produtos “Sanyo”, ofertou brindes a cada uma das candidatas. A Miss Amazonas-68, ganhou uma lembrança da Mundial Magazine. Às 3 primeiras colocadas, os “Diários Associados”, ofertaram valiosos presentes.

RUMO A SALVADOR

A Miss Amazonas-68, viajará quinta-feira a Salvador com escala em Brasília. Iniciando o intenso programa de seu reinado. Na capital baiana, reunir-se-á com as demais representantes de outros Estados, que assistirão à eleição do “Miss Bahia”.

De Salvador, Maria de Fátima Acris voltará a Brasília, visitando depois São Paulo e, finalmente, no dia 29 estará se apresentando no Maracanãzinho, na disputa do Miss Brasil – 68.

NOTAS SOLTAS

1 – O Governo do Estado, fez-se representar pelo coronel Temístocles Trigueiro, Chefe da Casa Militar que anunciou o prêmio do Estado, para Miss Amazonas.

2 – Ao ser conhecido o resultado, o deputado Dorval Vieira vibrou de alegria, compartilhada pelo prefeito Clemente Vieira.

3 – Uma pequena, porém entusiástica delegação de Coari, ocupando duas mesas, fez um pequeno carnaval, onde não faltaram serpentinas e confetes.

4 – O conjunto “The Blue Birds”, animou a festa que se prolongou por mais de 3 horas da manhã com o salão ainda lotado de pares.

5 – Duas faixas apareceram na sede do Rio Negro levadas pelo fã clube da representante de Coari.

6 – Na mesa de convidados especiais dos “Associados” Prefeito Paulo Nery e senhora; o representante do Tribunal de Justiça, desembargador Meireles; o representante do comando do GEF; o comandante do 27 BC; o capitão dos Portos e senhora; a Primeira Dama do Estado, Sra. Violeta Mattos Areosa; o comandante da Polícia Militar e senhora; o vereador Francisco Corrêa Lima, presidente da Câmara Municipal de Manaus; cel. Temístocles Trigueiro e senhora.

7 – A festa da Miss Amazonas 68, na opinião de muitos, foi um autêntico espetáculo de beleza, elegância e charme. O encerramento do certame foi realmente espetacular.

8 – Também é opinião de muitos frequentadores do Rio Negro. Jamais o clube recebeu um público tão numeroso, como o presente no desfile do Miss Amazonas – 1968.

9 – Digno de Registro, a cordialidade que durante todo o tempo as relações entre todas as candidatas.

10 – O que impressionou: o controle emotivo, a calma, a tranquilidade e o carisma de Maria de Fátima Acris, Miss Amazonas – 1968.

Miss Coari
Desfile de Maiô – Salão dos Espelhos do Rio Negro Club
Miss Coari
Traje de Gala – Salão dos Espelhos do Rio Negro Club

Coari viveu na madrugada daquele domingo, momentos de intensa euforia. Pelas ondas da Rádio Baré, os conterrâneos da Miss Amazonas 1968 acompanharam com ansiedade o concurso. Quando foi conhecido o resultado, o povo saiu à rua cantando em meio a um foguetório.

Inez Batista disse:

“Coari fez festa. Ficamos todos no canto do Mengo Bar esperando o resultado pelo rádio. O desfile tinha transmissão ao vivo pela rádio Baré. Lembro que saímos pulando e parecia a vitória do Brasil no futebol.”

Miss Coari
Medidas de Fátima Acris

Coarienses homenagearam Fátima Acris Miss Amazonas 1968

Jornal do Comércio – 12 de junho de 1968

Miss Coari

PASSARINHO DEU TOQUE ORIGINAL ÀS HOMENAGENS À MISS AMAZONAS

Jornal do Comércio – 12 de junho de 1968

Maria de Fátima Acris, a suavemente bela “Miss Amazonas-68”, acompanhada do Prefeito de Coari, Sr. Clemente Vieira, e, de outras pessoas daquele importante Município, dentre as quais a esposa do Deputado Dorval Vieira, fez ontem à tarde nova visita à Assembleia Legislativa do Amazonas, desta feita para expressar seu firme posto de saber defender seu título de representante da beleza da mulher amazonense, bem assim para apresentar despedidas a Casa, pois, por natural imposição do próprio título, o Maracanãzinho é agora sua meta, onde disputará a coroa, o manto e o cetro de “Miss Brasil 1968”.

MENSAGEM RADIOSA

Marta de Fátima Acris foi saudada inicialmente pelo Deputado Homero de Miranda Leão, em nome da Maioria, dizendo o orador: “Manaus soube curvar-se à vossa beleza suave, que será, no Sul, a mensagem radiosa de nossa terra”.
Seguiu-se a saudação do Deputado Francisco Guedes de Queiroz, pela Minoria. A similitude existente entre Fátima Acris e Terezinha Morango — hoje, Sra. Pittigliani — porquanto ambas sujem do anonimato para uma fulgurante trajetória de beleza, foi ressaltado pelo parlamentar oposicionista.

UM PASSARINHO

Por último falou o Deputado do Dorval Vieira, que interpretou os agradecimentos do povo de Coari pela Justiça feita à Fátima Acris.

O Miss Brasil de 1968 foi um concurso inesquecível na lembrança das pessoas que são apaixonadas pelo mundo da missologia. O ano de 1968 ficou na história como o ano da escolha da nossa segunda Miss Universo, a baiana Martha Vasconcellos. Martha e Fátima Acris se destacaram na sua preparação do concurso e na expressiva divulgação de suas fotos nas revistas e jornais de grande circulação em todo o país.

Fátima Acris
Fátima Acris no Rio de Janeiro

O concurso de âmbito nacional aconteceu no dia 29 de junho de 1968, no Ginásio do Maracanãzinho, Rio de Janeiro. Foi promovido pelos “Diários e Emissoras Associados” e foi transmitido pela saudosa TV Tupi. Houve a participação de 25 candidatas, representando os Estados e Territórios brasileiros. A grande festa nacional da beleza começou com a apresentação em traje de gala, em seguida em trajes típicos e finalizou com traje banho (maiô).

Miss Coari

O resultado do concurso elegeu Martha Vasconcelos como Miss Brasil 1968 e ela foi credenciada para representar o Brasil no Miss Universo, que aconteceu no dia 13 de julho de 1968 no Miami Beach Auditorium, em Miami Beach, Flórida, nos Estados Unidos. E novamente, Fátima Acris foi acompanhar mais uma vez Martha receber um título, o segundo Miss Universo para o Brasil.

Miss Coari
Fátima Acris usando seu Traje Típico no Miss Brasil – Revista Cruzeiro – 1968
Miss Coari

Miss Amazonas Regressa

Jornal do Comércio – 02 de julho de 1968

Miss Coari
Fátima Acris
O Jornal, 07 de julho de 1968

Miss Amazonas vai a Coari

Jornal do Comércio – 18 de agosto de 1968

Miss Coari
Retorno de Fátima Acris a Coari
Miss Coari
Miss Coari
Retorno de Fátima Acris a Coari

Miss Coari 1970

Em Coari, aconteceu na noite do dia 31 de maio de 1970, a festa de escolha do “Miss Coari 1970”, com o apoio do prefeito Mussa Abrahim Neto, Maria Higina e senhor Amaral. A escolhida foi a senhorita Maria de Fátima Matos de Souza.

O Miss Amazonas 1970 aconteceu no dia 7 de junho de 1970, no salão dos espelhos do Atlético Rio Negro Club, com início às 22h. Teve a participação de 09 candidatas ao título máximo da beleza amazonense, em que a Miss Coari 1970, Maria de Fátima Matos de Souza, teve muito destaque nos jornais da época.

MISS COARI 70 UMA SIMPATIA

Jornal do Comércio – 6 de junho de 1970

A reportagem esteve em visita ao prefeito Mussa Neto, responsável pela presença de uma representante ao “Miss Amazonas”, do corrente ano e, ali encontrou e teve oportunidade de contactar com a simpática Maria de Fátima Matos de Souza, real mente, uma linda representante do município capitaneado pelo prefeito Mussa Neto, e cuja região já nos presenteou com uma “Miss Amazonas”.

Maria de Fátima compareceu ontem às festividades programadas pelo Setor de Coordenação do “Miss Amazonas” e recebeu várias homenagens da colônia coariense, aqui radicada.

Destaque-se aqui, mais uma vez, o apoio incondicional que o prefeito Mussa Neto tem dado a representante de Coari, Maria de Fátima Matos de Souza.

MARIA DE FÁTIMA MATOS DE SOUZA — Miss Coari 1970

Jornal do Comércio – 7 de junho de 1970

Veio da terra de “Miss Amazonas 1968” e traz grandes esperanças dos habitantes daquela região de moças bonitas. Tem as seguintes medidas: Altura: 1 62 — Peso: 55 — Coxa: 53 — Bustos: 86 — Cintura: 68 — Quadris: 97 e tornozelo: 23. É estudante em Coari e gosta muito da moda atual, acompanhando-a em tudo, gosta de tudo que se refere à Jovem guarda. Sua música preferida: “Love is all” na voz de Malcolm Roberts. Pretende seguir medicina aqui mesmo em Manaus. Está hospedada na residência do prefeito Mussa Neto que lhe tem proporcionado tudo de bom para que a mulher coariense mais e mais se destaque no cenário da beleza amazonense.

Miss Coari
Maria de Fátima Matos de Souza
Miss Coari
Maria de Fátima Matos de Souza

Miss Coari 1971

Ninguém pode ignorar o carinho que o povo de Manaus devotou a Coari após a presença de Gracinha no concurso/67. Foi a mais aplaudida pela sua simpatia, que ficou na pupila de todos quando olham o município de Coari. E essa simpatia ajudou quando o Amazonas se curvou no ano seguinte diante da beleza da Miss Amazonas/68, Fátima Acris. A vitória de Fátima e sua presença no Maracanãzinho deram a maior divulgação pode ser aproveitada para o desenvolvimento do município. As portas já ficam mais abertas.

Em 20 de maio de 1971, Clodoaldo Guerra viajou para Coari para organizar o concurso Miss Coari 1971. Ao chegar, fez uma reunião com a senhora Maria Higina, membro da sociedade local, e escolheram a senhorita Delzuita Souza para ser a representante da cidade de Coari em 1971.

Delzuita Rodrigues de Souza, de Coar, com sua simplicidade, quer repetir o feito de Fátima Acris. O povo de Coari, já acostumado com sua participação efetiva no maior concurso de beleza da mulher amazonense e brasileira, exige que sua representante seja sempre uma garota bonita e simples. Para eles, este é o resumo da mulher cabocla.

Jornal do Comércio – 05/06/1971

Em 12 de junho de 1971, aconteceu o concurso Miss Amazonas 1971, realizado no Salão dos Espelhos, do Rio Negro Club. A cidade de Coari foi representada no concurso pela candidata Delzuita Rodrigues Souza. Após os desfiles no traje esporte, traje de noite e traje banho, a representante de Coari ficou em terceiro lugar no concurso daquele ano.

Miss Coari
Delzuita Rodrigues de Souza – Miss Coari 1971
Miss Coari
Delzuita Rodrigues de Souza – Miss Coari 1971
Miss Coari
Miss Coari

Miss Coari 73

Sobre o Miss Coari 1973, encontramos apenas que a vencedora foi Maria de Fátima Barreto, aluna da escola Nossa Senhora Perpétuo Socorro.

Miss Coari 75

Em 2 de junho de 1975, nos salões dos espelhos do Atlético Rio Negro, aconteceu o Miss Amazonas 75. O concurso teve a participação de 13 candidatas e entre elas, tivemos a participação da Miss Coari 75, Cleomar de Miranda Pereira.

Miss Coari 1979

Socorro Afonso fala sobre o Miss Amazonas e dá opinião sobre divórcio e preferências

Jornal do Comércio – 3 de maio de 1979

Miss Coari
Miss Coari
Socorro Afonso – Miss Coari 1979
Jornal do Comércio – 9 de maio de 1979
Miss Coari
Miss Coari 1979 – Socorro Afonso
Jornal do Comércio 13/05/1979

Socorro Afonso – Miss Coari 1979

Jornal do Comércio 13/05/1979

Socorro Afonso é outra forte candidata ao Concurso de Miss Amazonas representando o município de Coari.

Socorro uma morena muito bonita será apoiada pela colônia coariense radicada em nossa capital que já está organizando uma grande charanga para levar ao ginásio de esportes Renê Monteiro, onde o concurso será realizado no próximo dia vinte e seis.

Socorro Afonso com bastante experiência de passarela, pretende retomar para o município de Coari o título de Miss Amazonas, conquistado uma vez pela bonita Fátima Acris.

Miss Coari
Jornal do Comércio – 19/05/1979
Miss Coari
Jornal do Comércio 25/05/1979

O Miss Amazonas 1979 aconteceu no dia 27 de maio, no ginásio Renê Monteiro e foi promovido pelos “Diários Associados”. A Miss Coari 1979, Socorro Afonso, ficou em segundo lugar na classificatória final do concurso.

Miss Coari
Socorro Afonso – Vice Miss Amazonas 1979

Essa foi a primeira parte do artigo sobre a história do concurso Miss Coari, desde 1940 até 1979. Em breve estaremos dissertando aqui no site sobre os concursos de Miss Coari dos anos 80 e 90. Valeu pela companhia nessa viagem sobre os concursos de beleza feminina coariense.

Curiosidade: Dona Emília Abinader Ribeiro foi madrinha de Batismo da Miss Coari 1990 e Miss Amazonas 1991, Mara Alfrânia Batista Batalha.

Archipo Góes

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7 comentários em “A História do Miss Coari (1940 – 1979)”

  1. Realmente, está correto citar, como lido no texto: o concurso de miss faz parte da representatividade cultural da cidade de Coari. Lendo as reportagens de vários jornais da época (pelos menos nos citados anos de participação da cidade nos concursos de miss Amazonas), não há outras cidades concorrendo junto às várias instituições da capital do estado, ao título de Miss Amazonas. Coari aparece sempre representada por alguma jovem, demonstrando o trato da beleza da mulher interiorana.

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Brisa
Literatura
Archipo Góes

Minha Brisa Rosa

A autora relembra sua infância em Coari e as aventuras com sua bicicleta Brisa rosa, presente de seu pai em 1986. Após passeios noturnos pela cidade, um acidente lhe deixou uma cicatriz e encerrou sua relação com a bicicleta. A história mistura nostalgia e a lembrança de uma época marcada por diversão e pequenos riscos.

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Escadaria
Crônicas
Archipo Góes

Escadaria

O texto descreve uma viagem nostálgica da autora ao ser transportado de um trânsito parado para memórias de infância nos anos 80 em Coari. O caminho até a escadaria envolvia passar por figuras e locais marcantes da cidade. Ao chegarem ao rio, ela passava horas flutuando e apreciando aquele cenário.

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dança
Dança
Archipo Góes

Corpos em Movimento: Workshop Gratuito de Dança em Coari

O projeto “Corpos”, contemplado pelo edital Paulo Gustavo, oferece aulas gratuitas de Dança Contemporânea e Improvisação para jovens e adultos a partir de 11 anos. As oficinas exploram a expressividade corporal, a improvisação e o aprimoramento de técnicas básicas, com direito a certificado ao final do curso e uma demonstração artística para a comunidade.

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Garantianos
Folclore
Archipo Góes

Correcampenses x Garantianos

A crônica Correcampenses x Garantianos, narra a rivalidade entre os bois-bumbás Corre-Campo e Garantido em Coari, marcada por brigas e um episódio de violência em 1989. A retomada do festival em 1993 e a vitória do Corre-Campo geraram reações distintas. A crônica reflete sobre a polarização social, a cultura popular como identidade local e a importância da tolerância para a harmonia.

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Santana
Literatura
Archipo Góes

Um dia de Santana em Coari em uma Igreja Ministerial

O texto narra a vivência da festa da padroeira de Coari, retratando a devoção à Santana, a padroeira da cidade, e a importância da fé para o povo local. A narrativa destaca a movimentação do porto, a participação dos trabalhadores da castanha, a procissão, a missa e o arraial, revelando a religiosidade popular e a cultura local. A história do patrão e dos trabalhadores da castanha ilustra a exploração do trabalho na região, enquanto a presença do bispo e dos padres reforça o papel da Igreja Católica na comunidade. O texto termina com a reflexão sobre a fé, a esperança e a importância da preservação da tradição.

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Guadalupe
Literatura
Archipo Góes

O Trio Guadalupe – 1987

O texto narra as memórias da autora sobre sua infância na década de 80, marcada pela paixão por filmes de dança e pela amizade com Sirlene Bezerra Guimarães e Ráifran Silene Souza. Juntas, as três formavam o Trio Guadalupe, um grupo informal que se apresentava em eventos escolares e da comunidade, coreografando e dançando com entusiasmo. O relato destaca a criatividade e a alegria das meninas, que improvisavam figurinos e coreografias, e a importância da amizade que as uniu. Apesar do fim do trio, as memórias das apresentações e da cumplicidade entre as amigas permanecem como um símbolo daquela época especial.

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maçaricos
Literatura
Archipo Góes

Os maçaricos do igarapé do Espírito Santo têm nomes

Maçaricos, aves e crianças, brincavam lado a lado no Igarapé do Espírito Santo em Coari–AM. Um local de rica vida natural e brincadeiras, o igarapé variava com as cheias e secas, proporcionando pesca, caça e momentos marcantes como a brincadeira de “maçaricos colossais” na lama. O texto lamenta a perda da inocência e da natureza devido à exploração do gás do Rio Urucu e faz um apelo para proteger as crianças e o meio ambiente.

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Rolar para cima
Coari

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