Francisco Vasconcelos
Descruza
– enquanto é tempo –
teus recolhidos braços.
Sim, descruza-os.
Libera tuas mãos do preguiçoso aconchego
para que,
livres,
possam ensejar-te a vez de também seres útil,
na necessária semeadura do amanhã.
Descruza, sim, teus braços preguiçosos
e de uma vez por todas,
rompe os grilhões da inútil e inconsequente postura.
Pensa em quantos esperam por ti.
Em quantos esperam que lhes estendas a mão amiga,
essa mesma mão que escondes,
que ocultas.
Quantos serão os que dela dependem?
Quantos serão os que esperam de ti?
Descruza, pois, os braços!
Até mesmo para que,
tendo livres as mãos
possam elas também receber o quinhão que lhes cabe
na justa partilha do amor há muito prometido.

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