Centenário de Dom Mário

Dom Mário

Nesse texto vamos observar a narração da jornada de vida e espiritual de Dom Mário, primeiro bispo de Coari.

Dom Mário

Robert Emmett Anglim nasceu no dia 04 de março de 1922, em Lombard, uma vila localizada na área metropolitana de Chicago, Illinois, EUA, quinto dos noves filhos de Rosanna Purcell e Francis Michael Anglim.

Foi educado no Seminário Menor dos Redentoristas, St. Joseph’s College, em Kirkwood, Missouri. Fez o noviciado em De Soto, naquele mesmo estado, onde professou na dita ordem, em 2 de agosto de 1942.

Completou os estudos de filosofia e teologia no Seminário da Imaculada Conceição em Oconomowoc, Wisconsin, sendo ordenado sacerdote em 6 de janeiro de 1948, pelas mãos do arcebispo Moses Elias Kiley, da Arquidiocese de Milwaukee.

Em fevereiro de 1949, logo depois de ordenado, viajou para o Brasil e trabalhou na paróquia de N.S.P. do Socorro em Belém. No Pará, o então Pe. Robert Anglim adotou o nome de Mário Anglim em homenagem ao arcebispo de Belém, Dom Mário Miranda Villas-Boas.

De junho de 1953 a janeiro de 1959, foi vigário da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Manaus, Amazonas. De lá, foi transferido para Coari, onde foi vigário da Paróquia Sant’Ana e São Sebastião, até janeiro de 1962, quando foi nomeado superior vice provincial dos redentoristas da Amazônia.

Em 25 de abril de 1964, o Papa Paulo VI o escolheu prelado da recém-criada Prelazia de Coari.

No dia 22 de janeiro de 1968, Dom Mário naturalizou-se brasileiro.

Dom Mário atendeu às terceira e quarta sessões do Concílio Vaticano II e foi responsável por iniciar as reformas do concílio na prelazia.

Em 2 de maio de 1970, foi nomeado administrador apostólico da Prelazia de Lábrea, vaga com a morte de Dom José del Perpetuo Socorro Alvarez Mácua, OAR.

Permaneceu nesta função por um pouco mais de um ano, até 7 de junho de 1971, com a chegada de seu sucessor.

Durante os sete anos que serviu como prelado, D. Mário trabalhou para trazer melhorias para sua prelazia. Sempre que viajava ao interior, levava consigo, além de catequistas, um grupo de enfermeiros e de assistentes sociais. Construiu centros de treinamento para educação de adultos do meio rural. Foi membro da Associação de Crédito e Assistência Rural do Amazonas (ACAR/AM) e do Movimento de Educação de Base.

O bispo Dom Mário Roberto Anglim, prelado de Coari, faleceu no dia 13 de abril de 1973 em Manaus, vítima de um ataque cardíaco.

Ele faleceu às 7h30min, no porto de Manaus, onde acabara de chegar do rio Solimões. Seu corpo foi velado durante toda a tarde do mesmo dia, na igreja de Aparecida, onde foi vigário durante algum tempo, e onde recebeu visitas do povo e das autoridades do Estado. Depois da missa de corpo presente, realizada às 19h30min, o corpo foi levado para Coari, onde foi sepultado no piso do altar da Catedral Prelatícia de Santana e São Sebastião.

Dom Mário
Lápide de Dom Mário

Para ler mais sobre a cultura coariense:

História e Contextualização da Catedral de Coari — 1910

A Chegada dos Padres Redentoristas em Coari — 1943

Professor Góes — 50 anos de dedicação a Coary

A Origem da Igreja Assembleia de Deus em Coari — Parte 01

A Primeira Igreja Batista de Coari — 1932

Papa Francisco cria Diocese de Coari, no Amazonas

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1 comentário em “Centenário de Dom Mário”

  1. Momento muito especial se vive hoje, 16/07/2024, na comunidade católica da cidade de Coari. Os restos mortais de D. Mário, após 51 anos de sepultamento no altar da catedral de São Sebastião e Santana, estão sendo trasladados para um novo local (na própria praça), onde seus bispos serão guardados ao futuro. É um momento histórico, porém , não é apenas para o conceito cristão católico da cidade, mas á própria história do município. Coari , em breve, chegará aos 92 anos (02/08). Poucas são as relíquias de época que permanecem para narrar a história. Os fragmentos mortais de D. Mário são parte dos raros acervos da cidade.

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