Nunca Mais Coari

Nunca Mais Coari

Nesse texto podemos observar a apresentação feita pelo escritor Daniel Almeida da obra Nunca Mais Coari.

Exímio conhecedor da importância da história como instrumento de conscientização do homem para a tarefa de construir um mundo melhor e uma sociedade mais justa, Archipo Góes nos presenteia com o livro: “Nunca Mais Coari: A fuga dos Jurimáguas”. A obra é resultado de mais de 25 anos de pesquisa, através da qual, o autor apresenta um riquíssimo registro da história da Coari do século XVII até o ano de 1950, revelada por meio das crônicas dos viajantes, de anais dos poderes executivo e legislativo e das publicações de jornais da época, além da análise de várias obras literárias e da coleta de depoimentos de pessoas que presenciaram os acontecimentos históricos mais recentes, narrados aqui neste livro.

Esta é uma obra de leitura instigante para aqueles que se interessam pela história da construção da sociedade coariense, indispensável para os historiadores, e emocionante para os saudosistas. É uma amostra autêntica e detalhada de como se deu a formação do município de Coari. História feita por homens, mulheres, indígenas, não indígenas, nordestinos, ricos e pobres; por dominantes e dominados, governantes e governados, pelos conflitos e pela paz, por intelectuais e principalmente pelas pessoas comuns.

A Coari do período histórico a que o livro se refere foi marcada por uma forte presença dos missionários católicos das ordens dos carmelitas e dos jesuítas, que tinham a incumbência de “catequizar os indígenas” que habitavam às margens dos rios Solimões, Japurá e Negro, propagando-se, dessa forma, que teria sido Samuel Fritz o fundador de Coari. Entretanto, Góes constatou que Fritz, que tudo registrava em seu diário e em seu mapa, não citou que fora ele o fundador de Coari, o que reforça a tese de que os fundadores de Coari foram os índios Jurimáguas, e que seus primeiros catequizadores foram os carmelitas.

Nunca Mais Coari

Em suma, em “Nunca Mais Coari: A fuga dos Jurimáguas”, Archipo Góes expõe os fatos históricos que mais marcaram a vida dos primeiros habitantes da atual área do município de Coari, desde os índios Jurimáguas, “valente tribo de índios do Solimões (Amazônia brasileira) e os verdadeiros fundadores da Freguesia de Coari” que, com a chegada dos invasores europeus, foram expulsos, ou seja, forçados a abandonar as suas terras, até a chegada do “carro de boi” e da luz elétrica, à época (décadas de 1940 e 1950) os maiores símbolos do “surto de progresso, paz e prosperidade” que os moradores da cidade usufruíam.

Ao permear a narrativa com descrições de como ocorreu a evolução religiosa e política do município, através do processo de catequização, com a chegada dos Missionários Redentoristas e das Irmãs Adoradoras do Sangue de Cristo, e da emancipação política da sociedade coariense, a qual é marcada, desde o início, por conflitos sanguinários, como nos casos do prefeito Herbert Lessa de Azevedo e do Tenente Holanda, o nosso pesquisador, historiador, escritor e poeta corrobora significativamente para a conservação da nossa memória histórica.

Nunca Mais Coari

Parabéns, Archipo, as nossas atuais e futuras gerações saberão ser gratas aos seus mais de 25 anos dedicação a esse trabalho!

Daniel de Almeida Alves
(Licenciado em Letras pela Universidade do Estado do Amazonas)

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4 comentários em “Nunca Mais Coari”

  1. Como faço para adquirir a Obra “Nunca Mais Coari: A fuga dos Jurimáguas”, do escritor Archipo Góes.

  2. Em Manaus:
    Banca do Largo
    Endereço: R. José Clemente, 573 – Centro, Manaus – AM
    Telefone: (092) 3234-8856 – ao lado do Teatro Amazonas
    Diariamente, das 16 às 21h

    Em Coari:
    Loja Coari.com
    Tv Raimundo Mota, 180 – Centro
    ao lado da Câmara Municipal.

  3. A leitura dessa obra é recomendada a todas as idades e habitantes, ou apenas moradores de passagem por Coari, ou curiosos, pela história da cidade e município de Coari! Trás muitas revelações curiosas, inteligentes e pertinentes a um grande contexto histórico sobre não apenas a denominação do lugar onde hoje se extrai petróleo e gás natural, mas de toda uma trajetória de descobertas e características amazônicas. O local nunca foi pensado pra ser uma cidade de verdade, mas apenas um Porto de referência. Tefé, que existe como cidade desde 1759 , recebia todos os méritos dos viajantes e exploradores da região através dos séculos de descoberta da região! Só foi a partir de 1874 que o lugar onde está Coari começaria a ser transformado e urbanizado!Essa obra nos situa no tempo, no espaço e na trajetória da história de Coari!

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Brisa
Literatura
Archipo Góes

Minha Brisa Rosa

A autora relembra sua infância em Coari e as aventuras com sua bicicleta Brisa rosa, presente de seu pai em 1986. Após passeios noturnos pela cidade, um acidente lhe deixou uma cicatriz e encerrou sua relação com a bicicleta. A história mistura nostalgia e a lembrança de uma época marcada por diversão e pequenos riscos.

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Escadaria

O texto descreve uma viagem nostálgica da autora ao ser transportado de um trânsito parado para memórias de infância nos anos 80 em Coari. O caminho até a escadaria envolvia passar por figuras e locais marcantes da cidade. Ao chegarem ao rio, ela passava horas flutuando e apreciando aquele cenário.

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O projeto “Corpos”, contemplado pelo edital Paulo Gustavo, oferece aulas gratuitas de Dança Contemporânea e Improvisação para jovens e adultos a partir de 11 anos. As oficinas exploram a expressividade corporal, a improvisação e o aprimoramento de técnicas básicas, com direito a certificado ao final do curso e uma demonstração artística para a comunidade.

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A crônica Correcampenses x Garantianos, narra a rivalidade entre os bois-bumbás Corre-Campo e Garantido em Coari, marcada por brigas e um episódio de violência em 1989. A retomada do festival em 1993 e a vitória do Corre-Campo geraram reações distintas. A crônica reflete sobre a polarização social, a cultura popular como identidade local e a importância da tolerância para a harmonia.

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Literatura
Archipo Góes

Um dia de Santana em Coari em uma Igreja Ministerial

O texto narra a vivência da festa da padroeira de Coari, retratando a devoção à Santana, a padroeira da cidade, e a importância da fé para o povo local. A narrativa destaca a movimentação do porto, a participação dos trabalhadores da castanha, a procissão, a missa e o arraial, revelando a religiosidade popular e a cultura local. A história do patrão e dos trabalhadores da castanha ilustra a exploração do trabalho na região, enquanto a presença do bispo e dos padres reforça o papel da Igreja Católica na comunidade. O texto termina com a reflexão sobre a fé, a esperança e a importância da preservação da tradição.

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Literatura
Archipo Góes

O Trio Guadalupe – 1987

O texto narra as memórias da autora sobre sua infância na década de 80, marcada pela paixão por filmes de dança e pela amizade com Sirlene Bezerra Guimarães e Ráifran Silene Souza. Juntas, as três formavam o Trio Guadalupe, um grupo informal que se apresentava em eventos escolares e da comunidade, coreografando e dançando com entusiasmo. O relato destaca a criatividade e a alegria das meninas, que improvisavam figurinos e coreografias, e a importância da amizade que as uniu. Apesar do fim do trio, as memórias das apresentações e da cumplicidade entre as amigas permanecem como um símbolo daquela época especial.

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Os maçaricos do igarapé do Espírito Santo têm nomes

Maçaricos, aves e crianças, brincavam lado a lado no Igarapé do Espírito Santo em Coari–AM. Um local de rica vida natural e brincadeiras, o igarapé variava com as cheias e secas, proporcionando pesca, caça e momentos marcantes como a brincadeira de “maçaricos colossais” na lama. O texto lamenta a perda da inocência e da natureza devido à exploração do gás do Rio Urucu e faz um apelo para proteger as crianças e o meio ambiente.

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